Chegou a hora do prefeito Allyson anunciar o vice que poderá ser escolhido entre dois ex-auxiliares da Prefeitura

Pronto!

O Mossoró Cidade Junina terminou. O Boca da Noite foi sucesso, como foi sucesso toda a programação, desde o Pingo da Mei Dia, no dia 1º de junho, até o final do mês.

Popularidade do prefeito Allyson Bezerra segue em alta, as intenções de votos em pesquisas seguem disparadas, garantindo sem ameaças a reeleição do prefeito que mudou o cenário político de Mossoró, derrotando o grupo com sobrenome Rosado que dominou o Palácio da Resistência por volta de 70 anos.

Mas o assunto agora é outro: o vice de Allyson.

Pré-candidato à reeleição, Allyson ainda não definiu o vice e declarou várias vezes que o faria logo depois do Boca da Noite.

Allyson não pode errar.

Escolheu um vice neste primeiro mandato, que rompeu logo no início da gestão. 

Fernandinho da Padaria, do PSD, quis disputar uma vaga na Assembleia Legislativa em 2022 e o projeto não se afinava com o do prefeito. Hoje o vice continua com o nome de vice e o contracheque com salário em dia, mas a relação política azedou.

Allyson seguiu governando sem precisar do vice. Evitou situações em que a convocação do vice seria necessária, como viagens internacionais.

Agora o prefeito de Mossoró tem que acertar.

Reeleito em outubro, o projeto de Allyson e seu grupo para 2026 vai estar só começando.

Allyson é apontado pelos aliados e pelo seu partido, o União Brasil, do ex-senador José Agripino, como potencial candidato a governador em 2026, e se o projeto for viabilizado, terá que renunciar à prefeitura no começo de abril de 2026, faltando ainda 2 anos e 9 meses para a gestão municipal ser concluída.

E é exatamente esse tempo que restará que Allyson, mesmo fora da Prefeitura, não vai querer perder. E para não perder, terá que entregar o mandato a quem não vá lhe trair, aproveitando o poder para apoiar outra candidatura.

Hoje o prefeito tem dois nomes de sua confiança: os ex-auxiliares Thiago Marques, que foi chefe de gabinete da Prefeitura e se desincompatibilizou para ser candidato a vereador, e Marcos Bezerra, que coordenou um dos setores da Saúde e deixoi o cargo dentro do prazo eleitoral para ser candidato.

Thiago é filiado ao Solidariedade. Marcos ao PSD.

Um terceiro nome também se apresentou como apto: o ex-presidente da Previdência de Mossoró, Paulo Linhares, filiado ao PSD, que também se desincompatibilizou dentro do prazo. Mas há quem garanta que Paulo, que deixou o cargo sem tratar sobre a vice com o prefeito, não estaria na listinha de preferidos de Allyson.

O prefeito parece não ter pressa, embora o prazo para as convenções eleitorais comece daqui a 18 dias.

Há quem diga que ele quer avaliar os nomes, e tem utilizado como critério, experiência. O que ele não tinha quando assumiu a Prefeitura de Mossoró.

Mas o que vai contar mesmo aí é o fator confiança.

Allyson está pronto para pular do pleito municipal para o estadual e não quer ser traído pela sua própria prefeitura.