Insistência na candidatura de Rogério Marinho à presidência do Senado poderá deixar o PL sem presidente e sem CCJ

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Por que o senador eleito Rogério Marinho não alimenta ainda sua possível candidatura à presidência do Senado?

Porque o PL de Valdemar Costa Neto, partido pelo qual Rogério se elegeu, vai ter que definir se aposta numa candidatura com alto risco de ficar chupando o dedo no Senado, ou se vai se alinhar com o atual presidente e candidato à reeleição Rodrigo Pacheco (PSD).

Com Rogério derrotado, o PL, que hoje tem a Comissão de Constituição e Justiça do Senado, ficará sem nada, já que o provável reeleito Rodrigo se desobrigará de manter a CCJ sob o domínio do PL.

Segundo o colunista Lauro Jardim, de O Globo, Pacheco já contaria hoje com 60, dos 81 votos.

Até que ponto interessa a Valdemar lançar um candidato sem chance a presidente e perder a chance de continuar com a Comissão mais poderosa do Senado?

Dentro do próprio PL já há sinais de 'desapoio' ao nome de Rogério, sob justificativa de que o PL que quer a presidência é o PL de Damares Alves, de Hamilton Mourão, que tem como pautas os ataques ao STF e outras instituições e o apoio a movimentos antidemocráticos.

E fica a pergunta: além de Valdemar não querer pagar o preço de ficar chupando o dedo no Senado, sem CCJ e sem presidência, Rogério toparia encarar as pautas de Damares e Mourão?

Rogério sabe de tudo isso por isso está em silêncio.

Deixa o nome ser tratado como candidato porque vai se valorizando, mas espera a reunião desta quarta-feira, quando Valdemar Costa Neto vai tomar café com a txurma do partido para decidir se vai ou se racha.