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09/03/2020





Fátima, Bolsonaro e a mudança de discursos seguindo a liturgia dos cargos

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Cada cargo com sua liturgia. A governadora Fátima Bezerra é acusada, pela oposição, de ser contra a reforma da Previdência quando era senadora, e de ter mudado o discurso como governadora, fazendo a reforma no Estado. Todo mundo sabe que todo mundo sabe que uma coisa é o político estar no legislativo e outra coisa é estar no Executivo. O legislativo cobra, quer ver pronto, quer pressa...independente de quem e como vai ser feito. E se vai ser feito. Já no Executivo tem que dar conta e prestar contas. É assim com Fátima, é assim com Jair Bolaonaro, hoje presidente, antes deputado. Quando deputado, Bolsonaro defendia o orçamento impositivo, que foi aprovado no final do ano passado, garantindo a cada deputado e senador, como emenda individual, o calor de 16 milhões de reais por ano. O projeto defendido pelo deputado Bolsonaro, foi aprovado já com Bolsonaro presidente. E em vez de receber 16 milhões por ano para emendas do seu mandato, terá que pagar 16 milhões a cada gabinete de deputado e senador. A liturgia do cargo mudou e o discurso, claro, mudou junto. A oposição que faz de conta que nada entende sobre liturgia de cargo, poderia dizer que o discurso de Bolsonaro era um e agora é outro. O fato é que a liturgia do cargo obriga o mandatário a mudar o discurso. Puxando para outro exemplo bem potiguar. Como presidente da Assembleia Legislativa, o então deputado Robinson Faria trabalhou para aprovar, e aprovou, implantação de cargos e salários de servidores públicos, garantindo reajustes a várias categorias. Porém, como governador, não conseguiu pagar a conta fechada, lá atrás. O presidente do legislativo acabou aprovando o que não seria interessante para o Executivo, sem imaginar que a conta chegaria no seu colo. Daí Bolsonaro hoje ter trabalhado para vetar o trecho do orçamento impositivo que ele tanto defendeu. Portanto, cabe à classe política não enrolar a cabeça do eleitor, e sim fazê-lo entender que ao mudar de cargo, o político muitas vezes é obrigado a mudar de discurso. Como aconteceu com Fátima, Bolsonaro, Robinson...ou qualquer outro que saiu do Legislativo para o Executivo. A proposta sancionada no fim do ano aumenta o poder dos parlamentares para indicar gastos públicos, mas algumas regras foram vetadas pelo presidente Jair Bolsonaro.

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