15/01/2015
O empréstimo de 850 milhões e o barulho silencioso da Assembleia Legislativa
[0] Comentários | Deixe seu comentário.O silêncio na Assembleia Legislativa está mais barulhento do que se imagina.
Desde que segunda-feira que o clima ferve em torno do projeto que garante ao governo um empréstimo de 850 milhões de reais, junto ao Banco do Brasil.
No projeto aprovado em dezembro, o dinheiro teria, entre outras finalidades, o pagamento de contrapartidas de obras federais, e a contemplação de municípios através de um fundo criado, discutido, aprovado.
Porém, o projeto que saiu da Assembleia para a Governadoria, retornou à Assembleia com algumas alterações, causando discussões em torno de algo que não existia.
Deputados governistas defendiam um projeto, mas na realidade o que estava no papel era outro.
Sentindo-se contrariado com a mudança sem combinar com os russos, no caso, os deputados aliados, o deputado José Dias foi despachar ontem com o governador Robinson Faria.
Alegando que ficou falando o que não existia na reunião silenciosa e sem mídia realizada na segunda-feira, Dias pediu ao governador para impedir que o Gabinete Civil altere os textos a serem encaminhados aos deputados sem combinar...com os russos.
O disse-me-disse silencioso, sem mídia, tem atrasado a convocação extraordinária da Assembleia, muito embora as sessões extraordinárias já estejam acontecendo com essas reuniões.
Hoje os pontos relacionados ao plano de aplicação de empréstimo foram explicados aos deputados pelo secretário de Planejamento do Estado, Gustavo Nogueira, pelo Consultor Eduardo Nobre e pelo Procurador, Francisco Wilkie.
Participaram os deputados Ricardo Motta (PROS), presidente da AL, mais José Dias (PSD), Fernando Mineiro (PT), Getúlio Rêgo (DEM), Raimundo Fernandes (PROS), Tomba Farias (PSB), Kelps Lima (SDD), Nélter Queiroz (PMDB), George Soares (PR) e Gustavo Fernandes (PMDB).
Em meio às explanações, o secretario Gustavo Nogueira sugeriu chamar à reunião a chefe da Casa Civil do Governo, Tatiana Mendes Cunha.
Foi aí que o deputado José Dias pipocou...
E disse que Tatiana nem era governadora nem deputada, logo, não deveria participar das reuniões.
Dias reclamou que as alterações no texto, sem combinar com os russos, foram feitas pela Casa Civil.
Daí a subida ligeira dele na rampa da Governadoria, ontem pela manhã.
