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25/09/2014





PF tenta ouvir Lula há 7 meses e aliado diz que "talvez" ele fale depois da eleição

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Da Folha Online: Lula não deve falar à PF sobre mensalão antes das eleições, diz aliado MÁRCIO FALCÃO ENVIADO ESPECIAL A MAUÁ O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deve prestar esclarecimentos à Polícia Federal nas investigações instauradas a partir de novos depoimentos dados em 2012 pelo operador condenado do mensalão, o empresário Marcos Valério de Souza, antes das eleições de outubro. A informação é do diretor Instituto Lula, Paulo Okamoto. Segundo o aliado, depois das eleições, "talvez" Lula atenda a Polícia Federal. A instituição tenta há sete meses ouvir Lula sobre o caso. Na noite desta quarta-feira, ao deixar um comício em Mauá, Lula evitou comentar o convite da PF. Questionado por jornalista se está disposto a depor, o ex-presidente ironizou. "Só se você me convidar", disparou. Quando reforçado que o convite era da Polícia Federal, ele não respondeu mais nada. Lula foi convidado a ajudar na apuração em fevereiro deste ano. Não se trata, portanto, de intimação. A Folha mostrou nesta quarta-feira (24) que, apesar de reiterado algumas vezes, o convite ainda não foi atendido por temor de que o interrogatório seja vazado à imprensa –ainda mais em um ano eleitoral. Pessoas próximas ao ex-presidente argumentam que o petista fez chegar à PF, por meio de representantes, o recado de que está disposto a colaborar com as investigações, mas teme que um depoimento agora seja explorado politicamente por adversários. Em setembro de 2012, Marcos Valério foi espontaneamente à PGR (Procuradoria-Geral da República) prestar novas declarações na esperança de ser beneficiado de alguma forma. Àquela altura, ele já havia sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão, mas as penas ainda não haviam sido definidas. Valério acabou sendo condenado a mais de 40 anos de prisão por diversos crimes, entre eles lavagem de dinheiro. No depoimento de 2012, ele acusou Lula de saber da existência do mensalão e de ter se beneficiado pessoalmente do esquema. Entre as alegações, afirmou ter repassado cerca de R$ 100 mil por meio de uma empresa de um ex-assessor de Lula para pagar despesas pessoais do então presidente em 2003. Afirmou, ainda, que Lula e o ex-ministro Antonio Palocci intercederam junto à companhia Portugal Telecom para que a empresa repassasse R$ 7 milhões ao PT. As declarações de Valério se transformaram em pelo menos dois inquéritos policiais, que tramitam em Brasília e Minas Gerais. Foram instaurados outros seis procedimentos no Ministério Público Federal para apurar as acusações do operador do mensalão. Desses, pelo menos dois já foram arquivados. A delegada Andrea Pinho foi removida do cargo que ocupava na Superintendência da PF em Brasília em fevereiro, mas continuou à frente da investigação. Após comício em Santo André, Lula negou que tenha recebido qualquer comunicado da PF. "Quando eu for convidado [vou depor], eu não recebi nada. Você que me falou e outra moça hoje a tarde. Eu acho engraçado que é a primeira vez que alguém é convidado pela imprensa",disse.

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