Lei sancionada por Dilma vai dificultar investigações sobre causas do acidente que matou o adversário Eduardo Campos

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Na berlinda, a lei recentemente sancionada pela presidente Dilma Rousseff, que torna complicadas e sigilosas as investigações sobre acidentes aéreos no Brasil. Por quê e para quê? A pergunta é do Brasil, que neste momento bem que poderia ir às ruas para defender a transparência e divulgação nas investigações sobre as causas do acidente que matou o candidato a presidente Eduardo Campos. E a presidente Dilma, adversária de Campos, deveria ser a primeira a defender a transparência e a divulgação dos fatos. Leia reportagem do Correio Braziliense: Dados da investigação da morte de Eduardo Campos ficarão em sigilo Lei Federal nº 12.970, foi sancionada em 9 de maio e torna sigilosa a investigação de acidentes aéreos As informações sobre o acidente aéreo que matou o candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB) e outras seis pessoas vão ficar restritas ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). No último dia 9 de maio, a presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei Federal nº 12.970, que torna sigilosa a investigação de acidentes aéreos. Os dados contidos em caixas-pretas das aeronaves, assim como os depoimentos de testemunhas voluntárias de tragédias aéreas ficarão em sigilo. Caso a Justiça e a polícia queiram apurar as responsabilidades pelo fato, deverão obter do Poder Judiciário uma decisão favorável ao compartilhamento de informações obtidas pelo Cenipa. Tragédia Segundo o Comando da Aeronáutica, foram iniciadas as investigações para apurar os fatores que contribuíram para a queda do avião. Em nota, a Aeronáutica informou que o avião modelo Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, no qual Campos, decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá (SP), cidade litorânea, vizinha a Santos. Quando se preparava para pousar, no entanto, teve de arremeter (interromper o procedimento de pouso), devido ao mau tempo. "Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave", diz o texto.