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03/06/2012





Do ex da presidente: "A Dilma foi o meu maior amor"

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Frase do domingo, na semana que antecede a dos Namorados: "A Dilma foi o meu maior amor". Quem falou? O advogado trabalhista Carlos Araújo, de 74 anos, de idade, e ex-marido da presidente Dilma Rousseff, pai de Paula e avô de Gabriel. Em entrevista à colunista da Folha, Mônica Bérgamo, ele falou de amor, de tortura, de família... Dos cuidados que os dois, apesar de separados e ele casado pela quinta vez, agora com uma arquiteta, têm um com o outro. Dos natais e reveillons juntos - inclusive com a mulher dele - o último em uma praia da Bahia. Hoje à noite, na TV Cultura, Carlos será entrevistado no programa TV Folha. Entrevista que vai ao ar às 20 horas e será reprisada à meia-noite. Eis as frases de Carlos Araújo publicadas na coluna de Mônica Bérgamo, na Folha de hoje.   -A gente se amou rápido. Existe amor à primeira vista? Foi isso. Ela era muito bonita. Muito bonita. Inteligente. Decidida. Nossas energias, nossas fantasias se combinaram ali. O nome dela (na clandestinidade) era Vanda. Eu era Antero. Sabia que era mineira pelo sotaque, e ela, que eu era gaúcho. Mais nada. -Foi uma relação intensa. Uma noite, nós tivemos uma briga violenta, à 1h da manhã, numa rua movimentada do Rio, um gritando com o outro. Havia cartazes procurando a gente, e nós ali, correndo risco de ser presos por uma briga afetiva. -Ela sempre foi muito brava, de personalidade forte - mas extremamente generosa e solidária. E é até hoje. -Fui preso pela equipe do (delegado Sérgio Paranhos) Fleury, no Dops. Me botavam fios  nos dedos dos pés e das mãos, nos órgãos genitais, na língua, cabeça, orelhas. Ligavam aquilo na TV. Cada vez que passava um canal, era um pavor, pavor, pavor. Atiravam água e davam cacetada. Dói e parece que tu vai explodir. E o médico tirando a pressão pra ver se tu aguentava. -A pessoa para torturar, ou é doente mental ou está animalizada. Pessoas que me torturaram se dopavam na minha frente, com injeção. Não tinham coragem, mas tinham que cumprir ordens. -Em geral, na literatura da esquerda, todos resistiram à tortura. Todos são heróis. E isso não é verdade, é ficção. Tem pessoas que aguentam mais, outras menos. Mas é insuportável. Acho que muitas morrem sem dizer palavra porque não têm o que dizer. *Clique na foto abaixo para melhor visualização: -E o que acontece? As pessoas que vão ser torturadas não sabem que a tortura é praticamente irresistível e que elas vão precisar encontrar um mecanismo para amainar a situação. Nós não estávamos minimamente preparados. Toda pessoa, entre a dor continuada e a morte, prefere a morte. Porque é a forma de aliviar a dor. -Eu vi que não resistiria, que a dor era insuperável e que a única coisa digna que eu poderia fazer era me matar. Porque eu ia falar e entregar os meus companheiros. -Decidid: Vou inventar (para os militares) um encontro com o (Carlos) Lamarca e me matar. Enfermeiros passaram a noite me dando massagem para eu conseguir ficar de pé no dia seguinte. Na tortura, o físico desmorona.

A Dilma é bastante romântica, sim. Gosta de música, de ficar junto, sonhando, pensando. Ah, não há dúvida. A Dilma foi o meu maior amor
-No outro dia me levaram a uma rua da Lapa. E eu comecei a vacilar. Dizia pra mim mesmo: Bem que tu falaste ontem lá na tortura que tu ia chegar aqui e ia te acovardar e não te matar. Quem sabe me atiro debaixo de um carro e não morro? Passou um fusca, veio uma kombi. É alto, pode ser que dê sorte. E me atirei. Tô ali, um bolo de gente, e ouço o cara da kombi: Por que logo comigo, moço? Coitado, né? Decerto ia trabalhar e ficou desesperado. -Nós éramos militantes (Araújo foi deputado estadual). Chegávamos em casa exaustos, às vezes tinha briga por causa de política. Mas era um casamento sem conflitos. -A Dilma é bastante romântica, sim. Gosta de música, de ficar junto, sonhando, pensando. Ah, não há dúvida. A Dilma foi o meu maior amor. -Ela era pouco vaidosa. Foi ficando quando começou a ocupar cargos no Estado. Hoje gosta de se vestir...embora aquelas roupas que ela usa ali (risos)...São bonitas. Mas todo mundo fala que é sempre a mesma, né? -Quando Dilma revelou que estava com câncer, foi um choque terrível. A gente acaba sendo meio irmão, sendo muita coisa ao mesmo tempo. Eu de certa forma sou a família de Dilma. Quem ela tem? A filha, a mãe e eu. E também ela será sempre a minha família. É impossível a gente pensar de outra forma. -Tenho que ter um cuidado tremendo porque acham que o que eu falo é o que Dilma pensa. -Ela está encantada (com o neto Gabriel). Tá todo o tempo com ele no colo, brinca, pega na mão e anda por todo lugar. E ele pode tudo, tudo, tudo. Esse nunca vai levar bronca (de Dilma). Esse vai dar bronca.  

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