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21/05/2011





O "grito de silêncio" de uma funcionária aposentada do Gabinete Civil do governo

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O Blog publica agora Carta Aberta à Governadora, que acaba de receber de Igara, 31 anos de Palácio, e pela primeira vez sem a gratificação que complementava o seu contracheque.
Eis o grito de socorro da aposentada que fala por ela, e em nome dos colegas do Gabinete Civil do governo do Estado, que perderam as gratificações: 

Natal, 18 de maio de 2011.
Carta Aberta à Governadora

“Gritos do Silêncio”
De uma servidora aposentada do Gabinete Civil.

Hoje, resolvi dar o nome à situação de desespero e angústia que atravessam os
servidores do Gabinete Civil. Falam, reivindicam, cobram, e eis que se renovam as combalidas esperanças. Cada tentativa de entendimento com as autoridades da Casa tem por resposta o Silêncio. Um Silêncio falante. Como pode ser isto? Dizem-se muitas coisas, mas que não dizem nada. Existiria alguém que visse o lado do servidor? Pensei que a nossa Rosa fosse se sensibilizar com o nosso caso em especial, porque nós servidores do Gabinete Civil estamos próximos a ela! Esqueceram de lembrar que aqui trabalham muitos, que há anos nunca viram
nenhum governante suspender a Gratificação de Representação de Gabinete que ultrapassasse o mês de janeiro, inclusive eu, que, durante os 31 anos em que servi, ainda no meu querido e saudoso Palácio Potengi.

O Plano de Cargos e Salários foi o carro chefe de promessas de campanhas
de quase todos os candidatos que vi passar. Bom, o Plano de Cargos e Salários, em 2010 foi votado na Assembléia Legislativa, aprovado, sancionado, incluído no orçamento de 2011 e pago durante três meses.
Governadora, sou aposentada por invalidez, e esta melhoria salarial eu constituí
durante muito tempo, objetivo das minhas conversas com Deus. Imagine o tamanho da minha decepção. Contudo, não é maior quando vou à Governadoria e vejo alguns pobres colegas recebendo cobranças de contas atrasadas de água, luz, aluguéis, cartões de créditos (que poucos ainda possuem), e sem recursos para pagarem as passagens de transportes para se locomoverem até o trabalho, entre outras necessidades.

O que posso esperar mais na minha vida? Fico triste e desgostosa em ver o meu contra cheque, e procuro nas gavetas da memória, momentos mais cruéis do que este que atravesso agora.
Quando vejo os meus companheiros da Associação dos Servidores do Gabinete
Civil - ASSERVIL passarem também por essa situação, o que vem a minha mente cansada e iludida são os “Gritos do Silêncio”.

Respeitosamente,

Igara Violeta Maia da Rocha
Secretária da ASSERVIL e funcionária aposentada do Gabinete Civil

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