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24/03/2011





João Maia justifica inundações no RN e diz que transposição do São Francisco é mal interpretada

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O deputado federal João Maia representou o PR na sessão solene da Câmara dos Deputados, em homenagem ao Dia Mundial da Água.
Representação com direito a discurso no plenário onde chamou atenção para a qualidade da água do planeta.
"Não há falta de água.Na verdade, há muita água poluída. Nós poluímos os rios, as fontes de água e o mar, o que é mais grave. Há, hoje, um processo de poluição do mar”, explicou João, que citou as tragédias ocorridas nas serras do Rio, Recife, Alagoas, Paraná, Minas Gerais...
E lembrou que sua região de origem, o Seridó potiguar, está em processo de desertificação, reconhecido pela ONU.

“No Rio Grande do Norte, onde nasci, há dois grandes reservatórios: a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves e a Barragem de Santa Cruz. Mas não temos uma gestão dessa água de forma adequada. E eu vou dizer porque: como não sabemos se vai chover no ano seguinte, nossa tendência é economizar a água dos reservatórios. Não a usamos de forma racional, porque não sabemos se vai chover. Então, preferimos guardar a água. E quando chove, essa água causa tragédias, porque os reservatórios estão cheios. Quando chove acima da média ou na média, o comum é mandarmos a água para o mar, muitas vezes, causando danos a pessoas e animais", explicou o deputado em seu discurso, onde ainda citou a transposição do São Francisco, para ele, mal interpretado.

“Discute-se muito a transposição do Rio São Francisco. Inclusive, o nome está errado. Parece que queremos levar o Rio São Francisco para outro lugar, quando, na verdade, pensamos em levar um pouco de água do Rio São Francisco. Esse pouco de água tem uma função fundamental — não é só abastecer a região — , tem uma função reguladora. Se nós sabemos que poderemos dispor da água quando precisarmos, poderemos usar melhor os reservatórios que possuímos. Então, essa é uma questão fundamental, mal discutida e mal interpretada. O assoreamento do Rio São Francisco ou sua degradação não tem nada a ver com a transposição. A transposição vem levantar essa questão: que é preciso recuperar as margens, a fonte do rio. Mas, para nós, do semi-árido, a transposição é fundamental. Não é só para termos água para beber, quando falta, ou dar para os animais; é para podermos fazer uma gestão da água que já temos”.

                                    João Maia durante discurso sobre gestão de água

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