Prostituição e pedofilia eram patrocinados por verbas do SUS

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Só para explicar melhor o escândalo que terminou por afastar o prefeito Adail do cargo, em Coari (AM), segue mais notícias do blog do Holanda:
De acordo com investigações da Polícia Federal, o esquema da prostituição em Coari era alimentado com dinheiro público.
Fora os recursos do SUS, utilizados para pagar o fretamento de aeronave que levavam as meninas de programas para o município, descobriu-se que havia desvio dos recursos destinados a investimentos na área social, que acabavam sendo usados para financiar os programas sexuais do ex-prefeito Adail Pinheiro e seu fiel escudeiro, Adriano Salan.
O desvio era feito dentro da Secretaria de Ação Social do município, pela coordenadora dos programas "Bolsa Estágio" e "Agente Jovem", Maria Lândia Rodrigues dos Santos, apontada como uma das cafetinas e também investigada pela PF.
Lândia é acusada de aliciar as meninas que eram levadas a Adail.
Num tempo em que para ser chamado de jornalista precisava ter o diploma, Adriano Salan e Haroldo Portela já tachavam às modelos agenciadas, em telefonemas interceptados, como "jornalistas da CNN" ou "da BBC de Londres".
Já o ex-sócio da agência Mega Models, Fábio Marques Martins, o "Fabinho", chamava as meninas de "projetinhos.
Andréa Domingos de Abreu, outra acusada de aliciar as crianças, às tratava por 1.4 ou 1.5.
Investigações da Operação Vorax mostram que ambos eram responsáveis pela contratação de garotas para o ex-prefeito Adail Pinheiro, e vários amigos, dentre eles o proprietário do grupo Em Tempo, Otávio Raman Neves, que será levado coercitivamente a Brasília, juntamente com Adail e Adriano Salan, para depor na sexta-feira, dia 10.
Só para ilustrar, eis trechos das gravações feitas pela Polícia Federal.